segunda-feira, março 17

quinta-feira, fevereiro 28

quando o metro se atrasa..

quando iniciei a senda de encontrar trabalho em Lisboa, um dos conselhos de ouro dados por amigos que já viviam na big city foi “se alguma vez chegares atrasada a uma entrevista nunca digas que foi devido aos transportes públicos – sobretudo o metro, nunca se atrasa!” os anos passaram e ao que parece levaram com eles a eficiência de outrora. andar de metro tornou-se, entretanto, uma grande aventura, sobretudo quando temos de chegar atempadamente a alguma parte. as paragens sucessivas e cada vez mais demoradas, apenas se fazem acompanhar da já irritante mensagem “devido a problemas técnicos, a circulação na linha – pode ser qualquer uma – encontra-se de momento interrompida”. assim, sem mais. as pessoas esperam, desesperam ou saem à procura de alternativas.
certo é que aos passageiros – ou clientes, como nos prefere designar o metropolitano de Lisboa, nunca é dada mais informação. os problemas, sempre técnicos, nunca são realmente explicados e a menos que a Ponte 25 de Abril tenha sido preterida em função das linhas do metro para acabar com toda uma existência, parece haver necessidade de uma intervenção urgente no transporte público (até ao momento) mais eficaz.

quarta-feira, fevereiro 20

Portugal pequeno

sempre que a natureza se impõe, revelando a lei do mais forte, Portugal não assume, mas apresenta de forma nua e crua as suas fragilidades. a incúria de longos anos fica assim visível e desprotegida, mas nada que não se ultrapasse com o avizinhar de uns dias solarengos. afinal, Portugal é país de sol...a tradição de muitos turistas ou emigrantes de inverno que aqui o passam assim o atesta. o assunto 'Cheias' passou repleto de imagens com carros a metade e lama, muita lama. tenho pena que assim seja. tal como sinto pena pela tremenda especulação imobiliária, pelas sucessivas negligências cometidas a nível estrutural reflectidas quase sempre na vida de pessoas remediadas na sua sorte. dos muitos incidentes registados, talvez se apure um total de 3 mortes. quase nada - dirão os nossos governantes ou, no verdadeiro estilo português, "podia ser pior"...

quarta-feira, fevereiro 13

Presunção e água benta...

"Eu não tenho nenhuma solução milagreira no bolso. De facto, eu tive aqueles votos todos nas presidenciais (1 130 000). As pessoas estão muito desesperadas, há muita gente que se me dirige. Eu fico, por vezes, numa situação incómoda, porque eu não sou uma Santa da Ladeira, nem nenhum santo milagreiro." Manuel Alegre, in Público 08.Fev.08